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Em nota, Comissão relata preocupação com qualidade de cursos de graduação a distância

Campo Grande, 06 jun 2018 às 18:13

Com o advento da evolução da tecnologia da informação, não se cabe mais na discussão na seara do ensino das engenharias, agronomia e geociências, se vem ou não a ser conveniente o uso da internet na formação do futuro profissional.

A discussão atualmente reside em o que, dentro de cada disciplina, pode e deve ser oferecido e, por consequência, enriquecido, no oferecimento da complementação pela ferramentas de educação interativa baseadas nas tecnologias digitais, reservado, por legislação, ao limite máximo de 20 % da carga horária total do curso de graduação.

Contudo, o que se tem constatado no Brasil, e em Mato Grosso do Sul não se diferencia, é a proliferação desenfreada da oferta de cursos de bacharelado em Engenharia, Agronomia e Geociências, em todas as suas áreas de conhecimento, na modalidade de ensino a distância, seja “semipresencial” ou “a distância”, que não tem buscado registro junto a este Conselho.

A Engenharia ciência é a aplicação do conhecimento científico, econômico, social e prático, com o intuito de criar, desenhar, construir, manter e melhorar estruturas, máquinas, aparelhos, sistemas, materiais e processos.  É também profissão em que se adquire e se aplicam conhecimentos matemáticos e técnicos na criação, aperfeiçoamento e implementação de utilidades que realizem uma função ou objetivo. Competências estas que são obtidas em disciplinas que historicamente buscam a integração da teoria com a prática presencial supervisionada em laboratórios de ensino. É fato também, que o processo de ensino-aprendizagem discente passa, indissociavelmente, pela própria postura do docente em sala de aula.

Por este motivo, cabe à Comissão de Educação e Atribuição Profissional (CEAP) do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de Mato Grosso do Sul (Crea-MS) alertar a sociedade sobre a preocupação com a qualidade formativa dos cursos de bacharelado em Engenharia, Agronomia e Geociências oferecidos em modalidade “semipresencial” e “a distância” por diversas instituições de ensino em Mato Grosso do Sul, que não tem buscado registro junto a este Conselho”.

Salienta ainda a CEAP que antes de efetuarem matrícula em quaisquer cursos de bacharelado em Engenharia, Agronomia e Geociências no Estado, além do registro junto ao MEC, procurem informações junto ao Crea-MS a respeito da situação do registro da instituição de ensino e do curso pretendido junto. Esta simples precaução pode evitar futuras “dores de cabeça” e perda de tempo investido no ingresso em cursos que podem não possibilitar a formação profissional adequada ao acadêmico.

Eng. Ambiental Prof. Dr. Vinícius de Oliveira Ribeiro
Conselheiro do Crea-MS e Coordenador da Comissão de Educação e Atribuição Profissional