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Em entrevista, geógrafo fala sobre atuação do profissional na área ambiental

Campo Grande, 29 maio 2021 às 00:31

A geografia, juntamente com a engenharia, agronomia, geologia e meteorologia é mais uma das profissionais abrangidas pelo Sistema Confea/Crea. Em Mato Grosso do Sul, 92 geógrafos possuem registro ativo no Conselho.

Geógrafo Édipo Félix.
Foto: arquivo pessoal

No dia 29 de maio é comemorado o dia do Geógrafo. A data é uma homenagem à criação do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), ocorrida em 29 de maio de 1936.

O profissional é o responsável por analisar, estudar e compreender a lógica de produção e transformação do espaço humanizado, bem como a relação desse com o meio natural.

Édipo Félix Pereira tem 32 anos e graduou-se em Geografia pela Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (UEMS), em 2019. Hoje atua como analista ambiental na gerência de licenciamento ambiental, mais especificamente no setor de mineração no Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul (Imasul). No órgão, o Geógrafo atua na promoção da gestão ambiental, propondo e executando políticas e ações que visem ao desenvolvimento sustentável. Ele é responsável também pela elaboração de pareceres técnicos ambientais para processos de licenciamento na área de mineração.

Na entrevista a seguir, o Geógrafo que é pesquisador na área de ambiental, relata a importância da geografia e de trabalho junto ao mais importante órgão ambiental do Estado.

Crea-MS – Como foi sua opção pela Geografia?

Sou de família do interior do Estado quando criança sempre tive interesse em assuntos ligados à natureza, em razão de morar em uma área rural e sempre estar acompanhando as mudanças na paisagem. Sou natural de Campo Grande, mas desde muito novo morei em Ponta Porã, e posteriormente, retornei à Capital

Aqui fui trabalhar em um órgão ambiental federal e me chamou atenção como a ciência geográfica contribuía de forma significativa nas análises e tomadas de decisão pelos gestores. Então nada melhor que a graduação em Geografia bacharelado para poder contribuir como meu crescimento profissional dentro do órgão.

Crea-MS – Como foi sua chegada no mercado de trabalho?

Édipo – Foram anos de trabalho até chegar a esse cargo. O convívio com vários diretores do serviço público, tendo trabalhado com superintendentes e diretores diferentes que dirigiram os órgãos em que trabalhei, ao longo desses 11 anos de serviço público, foi possível me capacitar, e concluir minha graduação na Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (UEMS) e realizar curso técnico na área ambiental, e consequentemente pós-graduação. Foram várias as participações em cursos e eventos técnicos regionais e nacionais, sempre com enfoque em geotecnologias na análise ambiental.

Se pudesse escolher um dos momentos fundamentais para meu desenvolvimento profissional, eu escolheria o estágio.. Essa oportunidade me fez construir uma base técnica e cientifica muito sólida. Essa experiência me preparou muito para o mercado, o convívio com os técnicos e gestores capacitados foi e continua sendo uma grande oportunidade de aprendizado; me orgulho muito de estar em um órgão que valoriza o geógrafo e se compromete com o desenvolvimento sustentável.

Crea-MS – Qual a importância social e ambiental do Geógrafo para o desenvolvimento das cidades?

Édipo – O Brasil hoje é a 12° economia do mundo, e com grande potencial de crescimento e investimento. Desta forma, a profissão do Geógrafo é imprescindível para o desenvolvimento do país; já que podemos diagnosticar as especificidades e aptidões de cada território, proporcionando um potencial de desenvolvimento para todos setores produtivos.

Com uma visão de planejamento e sustentabilidade ambiental, podemos propor soluções aos gestores públicos, principalmente no tocante ao crescimento desenfreado dos grandes centros urbanos que geram vários impactos sociais e ambientais.

Diante desse cenário, sem dúvida, a profissão do Geógrafo será cada vez mais importante e tem de ser valorizada no Brasil. O profissional que pretende ingressar na geografia ou mesmo os que estão em formação, o diferencial é o conhecimento em geotecnologias e também em gestão ambiental e análise de dados.

Janine Gonzalez
Comunicação Crea-MS