Artigo de autoria do eng. civil Aroldo Abussafi Figueiró
Há tempos venho buscando escrever a história da engenharia em MS. Apareceu a oportunidade e vou começar com um político visionário mas com suas próprias regras. Filinto Müller, quatro vezes eleito senador por Mato Grosso. Uma de suas proezas era dar bolsa de estudos aos jovens de MT. Assim fez com a família Gonçalves Gomes onde os irmãos, naturais de Coxim, mas radicados em Ribas do Rio Pardo, foram na trabalhar na polícia de Filinto no Rio de Janeiro, onde o engenheiro agrônomo Otávio Gonçalves Gomes se graduou.
Em sua sequência de adjutório, o ex-militar, agora político, Filinto arrumou uma bolsa de estudo no Colégio Dom Bosco para Dírio Ricartes de Oliveira, e este para ajudar a custear os estudos trabalharia no escritório do já estabelecido Otávio Gonçalves Gomes. Assim, o jovem aprendeu as ações da topografia. Assistindo as oportunidades de trabalhos no campo, chamou seu irmão Wilson Ricartes de Oliveira, que logo aprendeu as lidas com o
teodolito e passou a ser um dos principais topógrafos do escritório.
Marcou, com o autor do Hino do Estado, Otávio Gonçalves Gomes, a principal avenida de Rio Negro, logo depois, com o aumento da demanda, o irmão mais novo Carlos Ricartes de Oliveira, que acompanhava Wilson, também se dedicava a medir fazendas e, para melhor atender ao Dírio, fez um curso técnico de agrimensura em Goiânia. Já o Dírio fez em Araraquara e depois, as provas para o título de Engenheiro Agrimensor em São Paulo; parece-me que na Politécnica.
Bastou este trio estar na labuta da agrimensura para despertar a família. Hoje, esta iniciação se propaga em vários setores da agrimensura como motivo de produção: são engenheiros agrônomos, agrimensores, topógrafos e arquitetos todos voltados ao trabalho da mensuração e outros serviços correlatos. São estes os técnicos que trabalham ou trabalharam com a topografia em Mato Grosso do Sul, todos da mesma família.
Muitos outros trabalharam no escritório do Dírio, inclusive Eliphas Figueiró meu pai, além do José Carlos da Vila Carvalho, João Pedro Santana Pereira, Ernesto Ribeiro Figueiró e o eng. agrimensor Silvio Ricartes Granja.
Hoje, o D Ricartes é tocado pela filha Dóris e o neto André Luiz.
1. Dírio Ricartes de Oliveira +
2. Wilson Ricartes de Oliveira +
3. Silvio Ricarte Granja*
4. Joaquim Ricartes *
5. Dírio Ricartes Jr.
6. Gelson Ricartes +
7. Carlos Ricartes*
8. Celso Ricartes *
9. Alenilson Ricartes*
10. José Farias Brandão +
11. Antônio Brandão
12. Eva Maria de Oliveira*
13. Lírio Ricartes (Cau)
14. Danilo Ricartes
15. Gilson Ricartes
16. Dírio Ricartes Neto
17. Fabio Ricartes
18. Wilton Ricartes
19. Walmir Brandão *
20. Nelson Brandão*
+Falecidos
* Diplomados
Estes são os filhos, sobrinhos, netos e primos. Todos da mesma família. Assim, vai se compondo nosso Conselho com as suas peculiaridades ímpares, mas que muito enaltece o Crea-MS. No início de abril de 2020, perdemos um dos dois baluartes, o eng. agrimensor Wilson Ricartes de Oliveira, que entre tantas coisas, foi prefeito de Ribas do Rio Pardo, fundou o Atlântico Clube campestre e se desenvolveu na Ordem.
O eng. agrim. Dírio Ricartes de Oliveira faleceu em janeiro de 2014, em Campo Grande.