O Crea-MS iniciou nesta semana uma ação intensiva de orientação acerca do combate ao Aedes aegypit em canteiros de obra de pequeno porte. A campanha Não dê cobertura para mosquito é realizada anualmente em parceria com a Secretaria Municipal de Saúde (Sesau) visando impedir a proliferação do mosquito transmissor do vírus da dengue e outras arboviroses.
Para a ação, o Conselho elaborou um panfleto com orientações para ser distribuído aos trabalhadores durante a visita, além disso, os fiscais reportarão à Coordenadoria de Controle de Endemias Vetoriais da Sesau possíveis situações de risco. A campanha tem por objetivo, com o apoio dos engenheiros das obras, mobilizar os trabalhadores da construção a evitar o acúmulo de água nesses ambientes. “Os trabalhadores estão habituados à presença dos fiscais nas obras, acreditamos que essa relação de proximidade, de parceria, facilita a absorção da mensagem,” explica a presidente do Crea-MS, Vânia Mello.
Diariamente, os agentes do Crea-MS realizam diligências para garantir que obras e serviços de engenharia, agronomia e geociências estejam sob supervisão de profissionais responsáveis, evitando riscos à segurança das pessoas. Cada um dos 18 agentes realiza cerca de 20 fiscalizações por semana, totalizando aproximadamente 360 locais verificados.
Os canteiros de obras são particularmente propensos a se tornarem focos do mosquito Aedes aegypti devido ao uso intensivo de água, cerca de 200 a 250 litros por metro quadrado construído, e à presença de equipamentos que podem acumular água, como masseiras, carrinhos de mão, baldes, betoneiras e calhas.
Ainda de acordo com a presidente, a Política Nacional de Resíduos Sólidos (Lei 12.305/2010) estabeleceu a obrigatoriedade da elaboração do Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos (PGRS). “Na construção civil, obras com área superior a 500 m2 devem contar com o Plano de Gerenciamento de Resíduos da Construção (PGRCC), documento elaborado por engenheiro que realiza o mapeamento dos resíduos, de sua geração até o descarte final”, ressalta explicando que a ação será intensiva em obras de menor porte e que as de maior porte serão fiscalizadas quanto ao PGRS.
O Canal de Denúncias do Crea-MS está recebendo informações sobre obras abandonadas que podem estar servindo de criadouros do mosquito. “É uma maneira que encontramos de colaborar com a diminuição do número de pessoas acometidas pela dengue e outras doenças transmitidas pelo mosquito”, explicou o gerente de fiscalização do Conselho, Thiago Ovando.
Assessoria de Comunicação Crea-MS