No Brasil, quase 6 mil engenheiros de alimentos estão registrados no Sistema Confea/Crea e Mútua. O dia 16 de outubro registra o Dia do Engenheiro de Alimentos e também o Dia Mundial da Alimentação.
Profissionais multidisciplinares, os engenheiros de alimentos atuam na racionalização e melhoria de processos e fluxos produtivos para incremento da qualidade e produtividade, e para redução dos custos industriais. Também são responsáveis por determinar os padrões de qualidade para os processos (desde a matéria-prima até o transporte do produto final), planejamento e implantação de estruturas para análise e monitoramento destes processos, e treinamento de pessoal para prática da qualidade como rotina operacional.
Esses especialistas ganham destaque ainda pela atuação junto a órgãos governamentais de âmbito municipal, estadual e federal, objetivando o estabelecimento de padrões de qualidade e identidade de produtos, e a aplicação destes padrões pelas indústrias, garantindo assim, os direitos do consumidor.
Atividades de desenvolvimento de produtos e tecnologias com objetivo de atingir novos mercados, redução de desperdícios, reutilização de subprodutos e aproveitamento de recursos naturais disponíveis são desempenhadas pelos engenheiros de alimentos, que trabalham ainda nos ramos comercial, de marketing e projetos em indústria de insumos para processos e produtos (matérias-primas, equipamentos, embalagens, aditivos), indústrias de produtos alimentícios, empresas de serviços e órgãos e instituições públicas.
De acordo com a Associação Brasileira de Engenheiros de Alimentos (Abea), entidade registrada no Sistema Confea/Crea e Mútua, a engenharia de alimentos engloba todos os elementos relacionados à industrialização de alimentos, e que pode “por meio do profissional com esta formação potencializar o desenvolvimento deste ramo em todos os níveis; seja no subsídio à elaboração de políticas, nos projetos de pesquisa, na atuação dentro das empresas do setor, como na colaboração à preservação da saúde pública, com normatização técnica, orientação e fiscalização”.
Ainda segundo a associação, atualmente a profissão de engenheiro de alimentos está em alta nos países mais industrializados. “Há que se ressaltar que, no caso desses países, existem muitas oportunidades de intercâmbio com o Brasil, possibilitando o contato com tecnologias de ponta, para posterior adaptação e aplicação às nossas condições”.
Regulamentação
A profissão de engenheiro de alimentos foi regulamentada pela Lei n° 5.194/66 e pela Resolução 218/1973 do Confea. A lei, que é referente aos engenheiros de todas as modalidades, trata de títulos profissionais, do exercício legal da profissão, das atribuições profissionais e sua coordenação. Neste cenário, as atividades do engenheiro de alimentos abrangem supervisão, coordenação e orientação técnica; estudo, planejamento, projeto e especificações; estudo de viabilidade técnico-econômica; assistência, assessoria e consultoria; direção de obra e serviço. Vistoria, perícia, avaliação, arbitramento, laudo e parecer técnico, desempenho de cargo e função técnica, ensino, pesquisa, análise, experimentação, ensaio e divulgação técnica, extensão, elaboração de orçamento, padronização, mensuração e controle de qualidade também podem ser desempenhadas por engenheiros de alimentos.
A esses especialistas cabe ainda executar e fiscalizar obra e serviço técnico, conduzir trabalho técnico e de equipe de instalação, montagem, operação, reparo e manutenção, executar instalação, montagem e reparo, operar e montar equipamento, bem como executar desenho técnico. Conforme a legislação, o desempenho dessas atividades refere-se à indústria de alimentos, acondicionamento, preservação, transporte e abastecimento de produtos alimentares, seus serviços afins e correlatos.
Equipe de Comunicação do Confea, com informações da Abea