Com novas integrantes, Programa Mulher define ações para 2025

Desde 2021, quando foi criado em Mato Grosso do Sul, o Programa Mulher do Crea-MS tem desenvolvido iniciativas visando se tornar canal para o fomento de políticas atrativas que permitam com que as profissionais ampliem o protagonismo feminismo em todas as esferas do Sistema, incluindo instituições de ensino e entidades de classe.

Os números do Sistema de Informações Confea/Crea (SIC) revelam uma realidade nacional onde as mulheres continuam a ser uma minoria significativa entre os profissionais das engenharias, agronomia e geociências. Com um total de 1.072.490 profissionais ativos, apenas 210.849 (19,6%) são mulheres, enquanto os homens são 861.641 (80,2%).

Em Mato Grosso do Sul, essa disparidade também é visível, com 3.185 2.865 mulheres registradas no Crea-MS em um universo de 13.737 profissionais. Esses números destacam a necessidade de incentivar e promover a participação feminina nas áreas de engenharia, agronomia e geociências, buscando alcançar uma maior equidade de gênero no mercado de trabalho.

No início do mês de marco, o Comitê Gestor do Programa Mulher do Crea-MS elegeu suas novas coordenadora e coordenadora-adjunta, eng. ftal. Adriana Damião e eng. Agr. Juliana Casadei. O grupo é integrado ainda pelas engenheiras Vânia Mello, Taynara de Souza;  Gleice Piovesan,  Rocheli Carnaval, Andréa Simioli  Monteiro e Ilse Junges.

De acordo com Adriana Damião, estão previstas uma série de ações para valorizar e integrar as profissionais da engenharia, agronomia e geociências. Entre elas, o Prêmio Minerva, que premiará fotos e vídeos sobre a atuação feminina na área, o plantio de mudas e encontros como o Prosa & Engenharia, com debates sobre tecnologia e inovação, trilha com atividades de bem-estar no Parque Matas do Segredo, lives sobre saúde da mulher e um encontro regional com os Creas do Centro-Oeste.

Para a coordenadora-adjunta do Programa Mulher, Juliana Casadei, é fundamental ampliar os espaços de discussão sobre o protagonismo feminino nas profissões do Sistema. Além das lives previstas, ela destaca a importância de realizar palestras e mesas de debate presenciais, bem como inserir o tema em eventos já consolidados, como congressos, simpósios e seminários, mesmo que o foco principal desses encontros seja outro. “Acredito que, dessa forma, conseguimos sensibilizar públicos diversos, para além dos espaços predominantemente masculinos. Essa abordagem dialoga diretamente com a proposta de transversalidade presente no plano.

Iniciado nacionalmente em 2018 pelo Conselho Federal (Confea), o Programa busca atingir o quinto Objetivo de Desenvolvimento Sustentável (ODS nº 5) da Organização das Nações Unidas (ONU), que visa “acabar com todas as formas de discriminação contra todas as mulheres e meninas, em toda parte” até 2030.

Já a presidente do Crea-MS, Vânia Mello, a primeira mulher a presidir o Crea-MS em seus mais de 40 anos de existência, ressalta que “a implantação do nosso programa foi um marco no processo de criação de uma política de equidade de gênero em Mato Grosso do Sul. Desde 2018, quando o Confea iniciou os debates sobre o tema, os Regionais se mobilizaram e passaram implantar seus programas, permitindo lançar ainda mais luz sobre a questão”, avalia a presidente Vânia Mello.

Comunicação Crea-MS