Celebrado pela primeira vez em 2013, o dia mundial das florestas, foi estabelecido pela Organização das Nacções Unidas (ONU) a fim de despertar consciência para a questão da gestão e conservação sustentável de todos os tipos de florestas visando às atuais e futuras gerações.
As florestas cobrem um terço da área terrestre da Terra, desempenhando funções vitais em todo o mundo. Em Mato Grosso do Sul, de acordo com a Associação Sul-Mato-Grossense de Produtores e Consumidores de Florestas Plantadas (Reflore-MS), o Estado encerrou 2018 com 1,1 milhão de hectares de florestas plantadas, ultrapassando a meta de 1 milhão de ha prevista para 2030 pelo Plano Estadual de Florestas.
Neste contexto, é importante ressaltar a importância que têm os Engenheiros Florestais nas atividades de gerenciamento e planejamento do uso sustentável dos recursos florestais, garantindo a conservação da riqueza biológica, e consequentemente, emprego e renda para o país.
O presidente da Associação Sul-Mato-Grossense de Engenheiros Florestal (Asef), engenheiro florestal Jefferson Bianchini, em entrevista que segue, destacou o papel do profissional e falou sobre a questão florestal no Estado e no Brasil.
Qual a importância do Engenheiro Florestal, seja na preservação ou na recuperação das florestas?
O Engenheiro Florestal desempenha um importante papel do que diz respeito ao plantio, manutenção e conservação dos recursos florestais. É o profissional responsável pelo planejamento do ciclo florestal, seja em florestas plantadas ou naturais. É responsável por determinar quando e quais intervenções devem ser realizadas nas florestas de forma a assegurar a exploração sustentável, a conservação e preservação integral dos recursos florestais.
Como o senhor avalia a questão florestal no Brasil e em Mato Grosso do Sul?
No Brasil ainda temos sérios problemas com o desmatamento ilegal, principalmente na região Norte do país, onde há pouco contingente de fiscalização para abranger grande extensão territorial. Contudo, sabe-se que, se houver uma política nacional efetiva para a exploração racional das florestas pode-se equacionar de forma sustentável o uso dos recursos florestais.
Já no Estado do Mato Grosso do Sul, podemos afirmar que o índice de desmatamento ilegal é baixíssimo, o que nos permite garantir a conservação das florestas naturais existentes no Estado quer seja no Bioma Mata Atlântica e ou Cerrado, fisionomias com maior incidência no nosso Estado.
Em relação às florestas plantadas, segundo os dados do IBGE o Estado já ultrapassa 1,0 milhão de hectares plantados com florestas exóticas retirando desta forma a pressão sobre as florestas nativas aumentando a conservação e preservação da flora e consequentemente favorecendo o abrigo e alimento e reprodução da fauna.